quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Amor pelo que ver,
sem nada querer
sem toques ousados ou vulgares
olhares trocados sem a malicia do ser carnal

 sem o querer tocar para satisfaze-lo de prazer
o amor platônico de apenas dois amigos
aqueles que se amam
o ciúme consome quando o vejo a sorrir sem ser comigo
 sorrir com os olhos que confidenciam fantasias que nunca se 
concretizarão
carnes que nunca se encontrarão
pela covardia minha
pela covardia sua
prefiro amar-te longe
fantasiando apenas aquilo que poderia ser
como uma adolescente medrosa
imperfeitamente te amando com perfeição
sem nada querer e sem nada esperar

25/11/2012
 Jaqueline Quental