sábado, 30 de janeiro de 2010

Declaração abafada








Ouvir as coisas que desejas dizer pra outra,
parece corroer dentro de mim como um ácido letal
Sequer me olhas com o mesmo carinho e desejo que te tenho
a cada momento que me procuras,
faço crer que me farias a mulher realizada com os belos sentimentos que tens por aquela que reclamas.

Acho que bem lá no fundo sabes,

e me massacras com teus encantos .

Olho pra você,
enquanto estás a fitar em outra direção...
Pena só ter teus olhares como confidente,
no entanto, eu quero mais,

desejo mais que isso.

O medo de não te ter como meu amado, me faz sufocar,
aquele mesmo pavor que faz pensar que não poderia te fazer feliz,
isso tem doído demais,
faz sentir esse peso que carrego
por mais que isso doa em mim,
minha penitência é a de calar.

Olhar pra você e não saber qual seria tua reação,
me causa muita confusão.

Se me mostrasse como quero que me veja
O que farias??Isso é difícil saber!!!
Que ouvido terias pra segredar aquilo que pensas sobre mim?
Alguém é tão bom conselheiro quanto eu,com tanta abnegação?

E talvez eu não suportasse a fatal realidade
Ali,com ele teria espaço para minhas fantasias?
Observo meu futuro,
o que vejo é o que me deixa hoje infeliz
um amanhã sem te ter do lado mesmo como camarada.

Admitir e seguir,era o que deveria fazer ;
Procurar outros sentidos,outras palavras,
contudo essa vontade cai ao chão quando te vejo entrando com teu riso,
O sorriso que espero ansiosa todos os dias
Pra mim isso já basta pro meu dia brilhar
Á espera também quem sabe de teu chamado,que tanto tenho aguardado.


Jacqueline Quental

31/01/2010

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Conto o que era


Era apenas uma criança,
doce e verdadeira como as outras,
criando na mente contos de fadas,
em terras que nunca vão existir,
quando digo a verdade percebo nos olhos tristeza,
ah!E eu sou a esperta...
Acabei com os sonhos!!
E me lembro de quando ainda pequena,perdida eu era,
mesmo assim tinha no que acreditar,
em sonhos,em fantasias.
Me sentia segura e feliz,
os olhinhos arregalagos,entregues nas descobertas,
tímida, com medo dos estranhos que chegavam,
via nos olhos materno o cuidado e carinho como tinha ás suas bonecas,
e eu era sua menininha,
Hoje cresci mas não esqueci,
do pouco dela que ainda há em mim,
que o medo de monstros continua,hoje menos feio daquele que idelizava na minha pequenice.
Agora eles não vêm só quando vou dormir,
me acompanham noite e dia,
e apesar de tentar fugir,no outro dia lá estão de volta me encarando feito uma fera
seria esse o momento da fada agitar sua varinha e levar pra longe as coisas más,

mas não,não seria dessa maneira,pois tinha matado a fada junto com minhas fantasias

Agora crescida, em contos quero acreditar.


Jacqueline Quental

19/01/2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010


Notas que chegam tocando suavimente,
me envolve como um abraço,
tomada pelo inesperado sorriso,
alegria que poucas pessoas podem ter,
a vibração que arrepia até os mais incrédulos dos corações,
inebriada pelo som,
palavras transformado-se junto com belas melodias,
ritmos que se mesclam magicamente,
e nos transporta pra um mundo encantado,
leveza tão singular.
Eu, no meu canto me mostro,
procurando a maneira de falar ao teu coração,
não com palavras batidas e vazias de sentimentos,
onde depois de ditas já seriam esquecidas,
precisa estar implícita,
então toco pra que todo universo possa entender aquilo que sinto,
mesmo sem usar uma letra,sílabas
ou simbolos que nem sempre estão bem traduzidos
me recarrego da leveza que a musica me traz,das impressões que me deixa,das marcas que quero guardar
das lembranças de um lugar,de uma pessoa de um momento que foi coroado
dos passados às vezes tão desafinados e doloridos
revelando a beleza melancolica na disritmia da vida semifusa
sim,mesmo disritmada continua viva,sendo o som abafado pelo silêncio nela chegaria a morte,o fim


Jacqueline Quental


19/01/2010






sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Medo de Chuva




Descobri em mim um medo,o medo da chuva...
não da neblina que cai suavemente nas pétalas das flores,
tenho medo da tempestade que cai lá fora enquanto me enfio nas cobertas,
do barulho que faz,
da sensação de fim,
da escuridão, da claridade que o relâmpago traz.
Em meio ao medo que me cobre também vejo a beleza,
das cores variadas, dos riscos que os raios fazem no céu,
tudo em seu lugar ,
nuvens carregadas de ira.
Enquanto eu cansada .

Sem surpresas?
Sem ataques de histeria?
Apenas mordendo as barra dos lençóis ,
sentada desejando a tormenta passar .


Jacqueline Quental

13/01/2010

domingo, 3 de janeiro de 2010

E um belo dia cheguei e disse que tens dado o maior sentido a minha vida,
na vontade que tinha da manhã chegar num piscar de olhos só pra que eu pudesse,
ver nitidamente com a perfeição e defeitos que todo ser humano tem
E eu me mostrei tão boba,tão passiva pronta a mostrar-me,
sem estar amedrontada por sua aprovação,
tomada pela certeza apenas de meu desejo de fazer dar certo,
que mesmo sem saber, que teus braços me davam força de ser mais eu,
despida daquilo que queria mostrar,
E se de repente como quem nada quer,eu desdizer;
e querer dar um novo sentido onde ele não vai estar mais?
Ao invés do dia vir repentino,a noite pudesse chegar
mudar minhas prioridades,
uma noite calma,tranquila,e assim pudesse sozinha descansar
Jacqueline Quental
03/01/2010