sexta-feira, 18 de junho de 2010

Nada Nunca é Nada

Nada nunca é nada ,
aquilo que calo é a imensa vontade de gritar,
tudo é muito exagerado,
equilibrio, é quando a gente consegue dar os passos sem cair ,
pelos meus tropeços vejo o quanto me perdi ,
a vontade de acariciar
para não chorar quando tiver que partir,
o mundo gira, imóvel estou ,
todos ao redor só querem saber do fim,
o fim de semana,fim de mês, o fim do ano,
mas poucos querem saber, de seu próprio fim,
Simulados,teste, treino ensaio pra tudo
E a vida?
Vai indo ...
Jacqueline Quental

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A contrario sensu






Quero vê-la “sujismunda” pela trairagem modesta perversa,
Sem mais valia, te desejo todos os senões tortos indigestos,
Poder sentir tua carne tremer e de soslaio, te quero como o rei persa,
Adiante, há contados mistos sigilosos pudera erguer com volúpia toda a inveja,
De quadro em quadro se degenero-se enodoado, sem modéstia plena,
Vagueie, desculpe-me, cobice-me como se fora o derradeiro encontro
Nas noites hesitantes apenas as molduras de teu corpo podem me saciar,
Entre tantas outras, somente, tu fostes escolhida a viver sob a minha mais absoluta sujeição,
Brame dez voltas e regue minhas têmporas de orvalho desnudo

o que queres de mim agora mudando o rumo desta conversa?
Teus desejos pra mim são tolos de nada valerá teus gestos,
somente de tuas vontades queres me deixar submersa,
assim serei tua, suculenta servida em uma bandeja,
Então é assim que me ordenas como realeza?
farei de tudo como desejas,
fui eu escolhida para tal obrigação,
dela também posso me agraciar,
e de todos os homens que existe no mundo,
serás por hoje meu"sujismundo".


Jacqueline Quental e Dimitri Wittkopf
07/06/2010