quinta-feira, 6 de agosto de 2009

SUICÍDIO- PARTE 2

O suicídio é justificado?
Positivamente: não. Ninguém pode destruir o que não pode construir, ninguém pode tirar o que não pode dar.
Por outro lado, se o suicídio fosse remédio eficaz e definitivo para os males humanos, a população do globo estaria reduzida a proporções mínimas. São tão poucos os felizes. Bastaria um minuto de coragem ou um momento de desespero — que não faltam ainda mesmo ao mais fraco e mais timorato — e tudo estaria acabado.
O suicídio não é, portanto um remédio, e, quando muito, exterioriza o egoísmo dos indivíduos, furtando-se ao sofrimento; mais do que isso — representa a ausência de fé, de elevação moral, de superioridade de espírito, significa falta de vontade para reagir contra os golpes da desventura, ou suportá-los com heróica resignação; muitas vezes traduz inveja da alheia sorte, ausência de coragem para afrontar as consequências dos males provocados; alucinação da paixão; fraqueza psíquica, sempre. Não é um remédio, o suicídio, nem é um direito, porque ninguém pode violar impunemente as leis naturais, porque ninguém pode dispor do que não lhe pertence, e porque o indivíduo, suprimindo-se a vida, prejudica o esforço que deve à sociedade: comete um roubo.
Veiga

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